Há momentos na monotonia da vida, se é que os momentos existem, em que tudo se perde, até mesmo os momentos, os quais eu ainda não acreditei que são coisas existentes. Se ele existe por que não está aqui comigo?
Se ele existe por que eu não posso trazê-lo pela mão e vivê-lo mais uma vez?
Tu não existes, nem exististes… Aceita apenas o pedido da minha ilusão.
Veio em forma de risos, abraços, olhares e sumiu lentamente...
Mas o ter vindo não quer dizer que tenhas existido, existir é menos cruel que isso. Aquele “tudo” que se perde devia ser o que se tem, porém com agonia escorrendo dos olhos, eu percebo que não.
Eu não perdi o que tinha, perdi o que queria ter.
Perder o que quer ter…
É perder por duas vezes, é perder a noção do desejar.
Perder, perder.
Pois se perde por não conseguir, e se perde por não estar com...
Idealizações erradas, perdas certas.
Por falar em idealizações, como é engraçado errar idealizando.
É engraçado porque o frustrar leva ao riso nas bocas de quem sabe viver como a vida exige, e a vida exige que tu saibas sorrir do erro.
Eu falava de como é engraçado errar idealizando?
Errei mais que uma vez por idealizar que ri quando errei.
Pois se não estou rindo agora, quem garante que rirei no próximo erro?
Milhões de erros me trouxeram até aqui, e
eu escrevo porque não sou o Filipe mais feliz do mundo, mas sou Feliz.
Escrevo porque os pensamentos são inquietos e agem tomando o controle da minha mão que segura a caneta, teclado.
Escrevo porque o fluxo das coisas que estou perdendo sem ao menos ter tido direciona-se agora para o meu Blog.
Sinto a dor de teu secar, menina mágoada...
Mas não pares de escreveres até que percas tudo o que não tens.
Grito meus sonhos, minhas verdades criadas, meus sentimentos.
Sinto-me feliz porque as coisas que desejo estão saindo pelos olhos...
De que importa se o vazio será tudo em mim depois?
Vais-me dizer que as coisas que eu realmente tinha no passado ainda estão aqui? Não estão.
Sei que sumirão sugadas pelo grande buraco que ficou no meu coração, sugadas pelas vontades que se foram, pelos sonhos que quiseram crescer e virar maturidade em mim.
Sinto-me feliz como eu disse.
Estou mais forte na entrada, da minha nova estrada.
Ganhei empurrando as últimas mágoas para fora...
Então, o vazio não está aqui?
Errei, Chorei, Esqueci, Ri, Acertei, e agora
Estou Feliz muito Feliz.
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