Sem...

Sem objectivo,
Sem rumo…
Eu vou caminhando,
Andando…
Sigo o caminho
escuro, que vejo à minha frente
Não posso voltar atrás
é-me proibido
Os sonhos...
Estão agora perdidos nos negros olhos
Da escuridão que me cerca.

Choro… choro…
Mas ninguém aparece…
O pesadelo em que me vejo
É mais real do que parece…
Grito… mas nada…
Corro…
Até o som dos meus passos se perde
No espesso silêncio que me cerca…
Paro.

Agora sei que é inútil andar,
Correr, chorar, gritar…
Ninguém virá…
O abismo, que é a minha vida,
Sempre me acompanhará,
Destruindo qualquer forma de alegria
Que ainda resta em mim…
Destruindo a minha coragem,
O meu fim.

Acordo e, olhando-me ao espelho,
Vejo aquilo que não sou
Mas em que me transformei…
Um corpo novo com vida…
Os olhos reflectindo alegria
E o vazio do meu...
A mim mesmo digo adeus
Quem sabe se me voltarei
A encontrar?

Sem comentários:

Enviar um comentário

comentários